segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Histórico da Escola Bíblica Dominical

Conforme pesquisas a E. B. D. teve seu início com Robert Raikes em Gloucester na Grã-Bretanha em 1780. Raikes sentia compaixão pelas crianças de sua cidade entregues à delinquência, então, decidiu fazer algo em favor das mesmas. Procurava as crianças em plena rua e em casa dos pais e as conduzia à reunião. Devemos lembrar que esse trabalho começou com grupo de crianças consideradas arruaceiras, mas que tiveram suas vidas transformadas pelo poder da palavra de Deus, pois Raikes ministrava a Bíblia juntamente com as lições de linguagem, aritmética. Foi considerado "profanador do domingo" por seus opositores, pois seus oponentes diziam que reuniões de crianças mal comportadas, no templo, era uma profanação. Na fase experimental da E.B.D. (1780-1783), Raikes fundou 7 escolas dominicais somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. E em novembro de 1783, ele publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida de duas crianças. Um ano após, Raikes era o homem mais popular da Inglaterra. Em 1785 ele organizou a primeira União de Escolas Dominicais.

É certo que antes de Raikes já havia reuniões similares de instrução, contudo ele foi usado por Deus e popularizou e dinamizou o movimento.

No Brasil, Robert e Sarah Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical. Em 19 de agosto de 1855, na cidade de Petrópolis no Rio de Janeiro, local onde esse casal dirigiu a primeira escola dominical a um grupo de cinco crianças. Mas foi suficiente para que seu trabalho florescesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Antes de 1855, houve reuniões de Escola Dominical, porém era de caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Vemos que desde o princípio o principal objetivo da Escola Dominical foi o de transformar vidas, mas pecebe-se que com o passar dos tempos a E.B.D. tornou-se algo somente para adultos, e seus objetivos (não que isso esteja totalmente errado)são apenas para os membros locais, esquecendo que este instrumento foi criado para evangelizar, resgatar vidas, trazer esperança, bem como anunciar a volta do Senhor Jesus.

Necessitamos porém, lembrarmos do ide de Jesus "Ide por todo mundo pregai o evangelho", (Mc. 16.15), e também da grande comissão de Mateus 28. 19 que diz ide ensinai todas as nações.

Não podemos nos conformar que as nossa Escola Dominical fique apenas entre quatro paredes, precisamos expandi-la, voltar as origens, onde crianças eram ensinadas no temor do
Senhor, onde crianças eram tiradas das ruas e devolvidas a sociedade como cidadãos transformados pelo poder de Deus.

Precisamos além disso fazer com que nossas escolas sejam um atrativo a mais em nosso bairros, ponto de referência para a comunidade, onde além de ensino eficaz da Palavra de Deus possamos ensinar algo a mais.

Enfim, estamos bem aquem do que o Senhor requer de nós, mas é necessário mudarmos o quanto antes, sairmos da mesmice, fazermos a diferença, e mostrar ao mundo que servimos um Deus que pode todas as coisas, e que por Ele, para Ele são todas as coisas.

Que o Senhor Jesus possa fazer com que cada um de nós tenhamos ânimo de fazer algo a mais, e se não houver espaço em nossas igrejas, que usemos da criatividade, que usemos do dinamismo, que usemos da visão que vem de cima para que vidas sejam alcançadas e o poder de Deus manifesto a um mundo cada vez mais caótico.

SILVA, Antônio Gilberto da. Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e atualização de professores veteranos da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1981.

Por Rubens Sohn


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